O espaço é dedicado ao aumento da produtividade e eficiência operacional para empresas do setor de vestuário

O setor de Vestuário, que compreende os produtos têxteis, confecções e calçados, é historicamente importante para a economia capixaba. O Espírito Santo se especializou, principalmente, na produção do segmento de confecção. Em 2016, ele foi responsável por 6,8% dos empregos industriais e 7,9% do total de indústrias do estado.

As confecções capixabas buscam se manter competitivas, frente à concorrência Chinesa, com o aumento da qualidade em seus produtos e pelas criações e desenvolvimentos constantes de novas coleções, ou seja, por sua diversificação e pelo design nos produtos. Além disso, as empresas capixabas possuem a vantagem competitiva de estarem próximas dos seus compradores e de conhecer as especificidades do seu mercado consumidor, que possibilita a criação produtos mais adequados ao seu público alvo.

É nesse sentido que laboratório aberto de moda é inaugurado em Vila Velha. Com um espaço dedicado ao aumento da produtividade e eficiência operacional para empresas do setor de vestuário, foi inaugurado na última terça-feira, dia 10, o ModaLab 1, na unidade do Senai, em Vila Velha.

Um laboratório de moda aberto, que tem como objetivo desenvolver a indústria de vestuário, estimular a inovação e a geração de novas oportunidades para o setor de moda no Espírito Santo.

O espaço ficará à disposição de profissionais e estudantes de moda, tanto empresas como pessoas físicas, e terá ainda um profissional para auxiliar na utilização do espaço. Com  máquinas de costura modernas e automatizadas, impressoras 3D, e diversos equipamentos de última geração, que são referência em todo País e pioneiros dentro da rede Senai, a expectativa é que o setor se desenvolva e gere mais negócios.

O presidente do Sistema Findes, Leo de Castro destacou que o Modalab é mais uma iniciativa que se conecta com o esforço a favor da inovação e da competividade. “A inovação é uma urgência nos dias atuais. Todas as empresas que competem nesse mercado cada vez mais internacionalizado precisam estar atentas as velocidades das transformações. Até mesmo grandes segmentos tradicionais da nossa economia como a siderurgia e a celulose tem buscado diversificar as aplicações de seus produtos, ampliando mercados, criando novos conceitos de diferenciais competitivos”.

“Nos setores da chamada economia criativa, que tem o capital intelectual como sua matéria prima, esse processo ocorre de forma ainda mais acelerada. Só no Espírito Santo, são cerca de 1,5 mil indústrias, que geram mais de 13 mil empregos diretos e movimentam R$ 2 bilhões na economia capixaba. A indústria da moda, responsável pela maior parte desses empregos, recebe hoje mais um importante apoio do Sistema Findes”, explicou.

Para o superintendente do Sesi-ES e diretor Regional do Senai-ES, Mateus de Freitas, a missão agora é povoar esses espaços. “Temos um complexo industrial em Araçás extremamente versátil que contemplam o setor de vestuário, logística, construção civil, alimentos, mobiliário e energia, entre outros, além da estrutura do Sesi e Senai que estão aqui para apoiar toda essa demanda.  Estruturas como essa que temos aqui são singulares e podem ser referências para todo o País. Temos estrutura, temos pessoas, temos modelos de negócios e agora precisamos utilizar esses espaços.”

Indústria do vestuário em números

Dados divulgados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) nesta quinta-feira (12), mostram que de 2012 para 2017, o vestuário capixaba reduziu as suas exportações em -54,9% (de US$ 13,3 milhões para US$ 6,0 milhões) e as importações em -50,3% (de US$ 781,8 milhões para US$ 388,4 milhões).

Esses resultados trouxeram uma melhora no saldo da balança comercial do setor, tornando-o menos negativo. Segundo o estudo, essa melhora foi devida, principalmente, à queda do consumo desses bens importados por parte das famílias capixabas devido à crise econômica.

Confira essa e outras informações que foram analisadas no Fato Econômico Capixaba

Por Cinthia Pimentel